Reflexões importantes para os Músicos Católicos

Qual é a missão do músico?

Nós não podemos esvaziar a música católica que Deus nos deu

A música é capaz de levar o derramamento do Espírito Santo para quem a ouve; ela é capaz de levar o Paráclito até essa geração despreparada para a vinda do Senhor.
qual-e-a-missao-do-musico
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Temos de preparar nosso povo antes que ele seja surpreendido. Entre os meios que o Senhor usa para nos preparar, o mais lindo e importante é a música católica de renovação. Portanto, nós não podemos deixar que essa música se esvazie em nós.
Precisamos preparar o nosso povo para o Senhor, precisamos ter um coração cheio de misericórdia para com a nossa gente. A nossa música existe para isso, para nos auxiliar a produzir frutos diferentes na Igreja, pois essa é a vontade de Deus. Seja cheio do Espírito Santo e esteja preparado para a vinda do Messias.

__________________________________________


Como saber se a música que ouço é boa?

A música nunca é neutra

A música vem do céu ou vem do inferno, leva-nos ao céu ou ao inferno. A música nos traz a bênção ou a maldição; ela nunca é neutra, está mais para um lado ou para outro. Música neutra não existe. Não queira ficar na situação limite, entre uma coisa e outra. Adentre pelo lado do cântico novo e avance pra lá, fique longe do limite, fique o mais longe que você puder da canção velha. Você não pode ficar pulando de um lado para o outro.
como-saber-se-a-musica-que-ouco-e-boa
Foto: Robson Siqueira/cancaonova.com
A música não é só letra ela é principalmente ritmo, e, ritmo que mexe com a gente. Nós não podemos ter uma música que mexe com nossas partes “frágeis”, especialmente porque o inspirador delas se não é o Espírito Santo são outros espíritos. Quando se canta um cântico novo ali se torna céu. O cântico novo cria céu em nós. Depende de nós estar colocando na nossa corrente sanguínea coisas do céu ou coisas do inferno; coisas que levam pra Deus ou coisas que levam para o inimigo; coisas que nos constrói humanos ou coisa que nos destroem. A escolha é sua.
Não ouça essas músicas mundanas, você não precisa disso. Você tem inspiração do alto, a sua inspiração vem do Espírito. Você não precisa copiar algum desses cantores do mundo, canta com a voz que Deus te deu. O Espírito Santo é genuíno, autêntico é dele e somente dele que deve vir a sua inspiração. Sejam músicos inspirados no Espírito Santo.

___________________________________________

O músico precisa cantar o Evangelho

Nós músicos precisamos ser embriagados não da nossa música, mas do Senhor

São Paulo diz: “Não voz embriagueis com o vinho deste mundo, mas vos embriagueis do Espírito”.
Precisamos amar, precisamos ser discípulos, adoradores e missionários como Maria Madalena. O músico não pode parar, ele tem de falar a língua que ninguém fala, mas que toca os corações.
o-musico-precisa-cantar-o-evangelho
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
O Brasil é movido pela música, nosso povo é sensível a ela, pois é resultado da musicalidade. No Brasil, onde se une as etnias dos europeus, índios e africanos, temos essa união de melodias, ritmos que nenhum país tem. Isso, no entanto, é uma tremenda responsabilidade, porque precisamos usar da música para a evangelização. É necessário anunciar o Evangelho como Maria Madalena, que usou seu corpo para anunciar as palavras do Senhor.
Anuncie o Evangelho com sua música, para alcançar almas para Deus e não bens materiais.

___________________________________________

Uma ordem do Senhor para os músicos

O músico precisa acolher as ordens do Senhor

Cante ao Senhor um canto novo, um cântico que vem de Moisés quando ele atravessou o mar vermelho e cantou ao Senhor um canto novo. Até no Apocalipse, capítulo cinco, a multidão cantava um cântico novo, cantava um a canção nova.
Diga ao Senhor que você quer ter na sua mente um cântico novo e somente um cântico novo. Não mais o cântico velho, o cântico do pecado original do mundo, das depravações, dos roubos que o inimigo tem feito na humanidade. Diga ao Senhor que você quer cantar unicamente um canto novo, ter inspiração somente de novos cânticos.
Uma ordem do Senhor para os músicos
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
“Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. O Senhor fez conhecer a sua salvação. Manifestou sua justiça à face dos povos. Lembrou-se de Sua bondade e fidelidade em favor da casa de Israel. Os confins da terra puderam ver a salvação de nosso Deus. Aclamai o Senhor, povos todos da terra; regozijai-vos, alegrai-vos e cantai. Salmodiai ao Senhor com a cítara, ao som do saltério e com a lira. Com a tuba e a trombeta, elevai aclamações na presença do Senhor rei. Estruja o mar e tudo o que contém, o globo inteiro e os que nele habitam. Que os rios aplaudam, que as montanhas exultem em brados de alegria diante do Senhor que chega, porque ele vem para governar a terra. Ele governará a terra com justiça, e os povos com equidade” (Salmo 97,1-9).
O Senhor virá para governar a terra, mas até que Ele venha nós temos de cantar um cântico novo. Foi o Senhor quem ligou isso tudo à Canção Nova e nos deu esse nome. Ser Canção Nova e cantar uma canção nova não é só para nós; somos como um fermento, existimos para fermentar a massa. Muitos outros serão fermentados, e nós não podemos perder a nossa essência. Nós temos que ser fermento mais forte, porque o Senhor não quis apenas nós, Ele quis um cântico novo cantado por todos. No céu se canta um cântico novo, por isso é preciso, já agora, na terra, cantar uma canção nova.

 ___________________________________________

Os músicos são chamados a preparar uma sinfonia do mundo novo

Nós que recebemos essa graça de sermos músicos já estamos preparando a sinfonia do mundo novo

No céu há uma maravilhosa liturgia realizada pela multidão de anjos e santos. Quando realizamos a liturgia nas Missas, nos grupos de oração, nas adorações ou até mesmo quando rezamos sozinhos, estamos reproduzindo tudo isso, aqui na terra, de maneira imperfeita. Deus, no entanto, quer que façamos bem essa liturgia, pois ela é eco da liturgia do céu. Quando céu e terra se unirem, surge um mundo novo, para o qual Deus está preparando uma humanidade nova. E essa humanidade está sendo levada por nós músicos, assim como os exércitos do tempo de Israel, que havia músicos inspirados à frente, que moviam os exércitos.
os-musicos-sao-chamados-a-preparar-uma-sinfonia-do-mundo-novo
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Muitas vezes, não foi necessário entrar em batalha, apenas os exércitos foram para o campo ao encontro do inimigo, por que o Senhor foi fazendo tudo; outras vezes, foi preciso guerrear, mas o Senhor lutava com eles e por eles.
O inimigo é terrível e não deixa tréguas para nós músicos! É uma maravilhosa realidade que estamos vivendo, e não somos simplesmente músicos, somos batalhadores, ministros não apenas de música e guerra, mas levamos nossos irmãos à batalha para a vitória.
Somos ministros e levamos as pessoas à adoração. Vamos a frente e levamos a nossos irmãos a adoração. A nossa música é apenas o meio,o mel, o azeite, que colhe junto para que a adoração aconteça, e nossos irmãos possam escorregar neste mel, azeite para adoração profunda com o Senhor. Nos músicos temos a faca e o queijo na mão, é um dom, privilégio, pois somos ministros de músicos fomos dotados para isso, para tocar, cantar.

Com minha bênção,
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: http://padrejonas.cancaonova.com/mensagem-do-dia

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NA CONCLUSÃO DA XIV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS

Amados irmãos!
A experiência do Sínodo fez-nos compreender melhor também que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão. Isto não significa de forma alguma diminuir a importância das fórmulas – são necessárias –, a importância das leis e dos mandamentos divinos, mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus, que não nos trata segundo os nossos méritos nem segundo as nossas obras, mas unicamente segundo a generosidade sem limites da sua Misericórdia (cf. Rm 3, 21-30; Sal 129/130; Lc 11, 47-54). Significa vencer as tentações constantes do irmão mais velho (cf. Lc 15, 25-32) e dos trabalhadores invejosos (cf. Mt 20, 1-16). Antes, significa valorizar ainda mais as leis e os mandamentos, criados para o homem e não vice-versa (cf. Mc 2, 27).
Neste sentido, o necessário arrependimento, as obras e os esforços humanos ganham um sentido mais profundo, não como preço da Salvação – que não se pode adquirir – realizada por Cristo gratuitamente na Cruz, mas como resposta Àquele que nos amou primeiro e salvou com o preço do seu sangue inocente, quando ainda éramos pecadores (cf. Rm 5, 6).
O primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação do Senhor (cf. Jo 12, 44-50).
Do Beato Paulo VI temos estas palavras estupendas: «Por conseguinte podemos pensar que cada um dos nossos pecados ou fugas de Deus acende n’Ele uma chama de amor mais intenso, um desejo de nos reaver e inserir de novo no seu plano de salvação (...). Deus, em Cristo, revela-Se infinitamente bom (...). Deus é bom. E não apenas em Si mesmo; Deus – dizemo-lo chorando – é bom para nós. Ele nos ama, procura, pensa, conhece, inspira e espera… Ele – se tal se pode dizer – será feliz no dia em que regressarmos e Lhe dissermos: Senhor, na vossa bondade, perdoai-me. Vemos, assim, o nosso arrependimento tornar-se a alegria de Deus».[5]
Por sua vez São João Paulo II afirmava que «a Igreja vive uma vida autêntica, quando professa e proclama a misericórdia, (...) e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador das quais ela é depositária e dispensadora».[6]
Também o Papa Bento XVI disse: «Na realidade, a misericórdia é o núcleo da mensagem evangélica, é o próprio nome de Deus (...). Tudo o que a Igreja diz e realiza, manifesta a misericórdia que Deus sente pelo homem, portanto, por nós. Quando a Igreja deve reafirmar uma verdade menosprezada, ou um bem traído, fá-lo sempre estimulada pelo amor misericordioso, para que os homens tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10, 10)».[7]
Sob esta luz e graça, neste tempo de graça que a Igreja viveu dialogando e discutindo sobre a família, sentimo-nos enriquecidos mutuamente; e muitos de nós experimentaram a acção do Espírito Santo, que é o verdadeiro protagonista e artífice do Sínodo. Para todos nós, a palavra «família» já não soa como antes do Sínodo, a ponto de encontrarmos nela o resumo da sua vocação e o significado de todo o caminho sinodal.[8]
Na verdade, para a Igreja, encerrar o Sínodo significa voltar realmente a «caminhar juntos» para levar a toda a parte do mundo, a cada diocese, a cada comunidade e a cada situação a luz do Evangelho, o abraço da Igreja e o apoio da misericórdia Deus!
Obrigado!